Episódio 1 trata de o que é, para quem é e para o que serve a AT
O primeiro episódio do podcast AT à Tona, produzido pelas especialistas da Atona, já está liberado. E o tema da primeira edição é uma introdução à Análise Transacional em um papo leve, descontraído e cheio de conteúdo com as especialistas Luciana Priosta e Simone Klober, conduzido pela jornalista Raquel Saliba.
Acesse a íntegra aqui pelo Spotify ou aqui pelo Youtube. Abaixo, confira os principais tópicos da conversa.
O que é Análise Transacional e para que serve?
O termo análise vem do francês analyse e existem duas definições que podem ser trazidas para introduzir o assunto: exame minucioso de uma coisa em cada uma das suas partes e separação dos princípios componentes de um corpo ou substância.
Já o termo transacional vem do latim transactio, que significa fim ou conclusão. Ao falarmos da AT, podemos entender esse termo como a conclusão de uma troca de mensagens, verbais ou não verbais, entre duas ou mais pessoas.
Pode-se dizer, então, que a Análise Transacional é a análise dos vários elementos envolvidos nas trocas de estímulos e respostas (transações) entre indivíduos. É uma abordagem racional e analítica para a busca da compreensão das relações humanas.
A AT estuda os elementos que constituem a personalidade das pessoas e como esses elementos se manifestam em comportamentos que convidam ou repelem o outro para a colaboração. A partir desse entendimento torna-se possível tomar novas decisões sobre como comportar-se de forma mais consciente, livre e autônoma para obter resultados melhores das relações.
Para quem é a Análise Transacional?
A AT é para todo ser humano que se relaciona com outros seres humanos, seja no mundo pessoal, profissional ou organizacional. Ela oferece conhecimento e ferramentas bem práticas para a compreensão de como comportamentos impactam os outros, trazendo clareza e leveza para o processo de autoconhecimento.
No âmbito organizacional pode tornar-se um referencial objetivo para compreender a cultura e seus padrões de comportamento que podem levar toda a empresa a ficar presa em um grande looping de esforço sem resultados ou guiá-la na direção da satisfação do cliente e no atingimento de seus objetivos.
O que são os Contratos na Análise Transacional?
O início de qualquer relacionamento, inclusive entre estranhos, se dá com um contrato, às vezes claro e explícito, às vezes nem tanto.
Quando duas pessoas começam a namorar, firma-se um contrato. Quando uma amizade é consolidada, a mesma coisa. No trabalho, os contratos são firmados entre os profissionais diariamente em reuniões, ao definir tarefas ou instruções de trabalho, ao assumir compromisso com metas, ao iniciar planos de ação e etc.
Expectativas não atendidas podem estar na origem de muitas frustrações. . O problema é que muitas vezes essas expectativas não estavam claras para as pessoas envolvidas e o contrato nem as considerou. E seguem-se os mal entendidos que tendem a crescer ao longo daquele relacionamento.
O objetivo de um contrato relacional é possibilitar que cada parte envolvida assuma uma maneira de ser e de fazer as coisas que favoreça o atingimento de objetivos comuns e por isso precisa ir além da lista de atividades e responsabilidades. Ele também precisa considerar aquilo que não está tão visível como sentimentos ou fantasias, pois elementos como esses têm impacto real na maneira como nos posicionamos e como fazemos as coisas.
Também é preciso considerar que nem há consciência sobre como os envolvidos vão se sentir a respeito do que está sendo combinado ao longo do tempo. Por essa razão, um contrato não é algo imutável, pelo contrário, ele pode e deve ser revisto sempre que qualquer uma das partes sentir necessidade
O que são os Auto Contratos?
Os auto contratos são planos de ações para mudar padrões de comportamento que que não estão trazendo os resultados que se deseja das relações. Eles precisam ser definidos após análise objetiva da realidade interna e externa.
A realidade interna diz respeito à consciência sobre sua maneira de encarar a vida, seus padrões de comportamento, valores, enfim, bastante autoconhecimento. Ou seja, quando se tem uma boa noção de qual é o problema e do sentimento que ele tem causado na pessoa e nos seus relacionamentos. Conscientes do que passa por dentro, é hora de olhar objetivamente para o contexto e decidir qual a melhor estratégia para conseguir o que se deseja usando os melhores recursos internos.
Como a Análise Transacional pode ajudar profissionais desmotivados?
O primeiro passo é entender o que causa a desmotivação por dentro. Claro que fatores externos são dados de realidade e podem sim desmotivar qualquer pessoa. No entanto, também acontece com profissionais que construíram carreiras bem sucedidas, com promoções seguidas e bem remunerados. Obviamente, não há falta de reconhecimento externo. Então, o que há?
A Análise Transacional pode auxiliar esses profissionais a conhecer quais são os seus padrões internos de reconhecimento. Esses padrões são determinados na infância à medida que “bons” ou "maus" comportamentos são recompensados ou reprovados pelos nossos cuidadores. E esses padrões podem ser orientados para a aceitação apenas de reconhecimentos negativos. Se for assim, mesmo altos salários e elogios sinceros nunca vão suprir a necessidade desse indivíduo que aprendeu a receber apenas reconhecimento negativo.
A partir dessa percepção e de treino, é possível aprender a enxergar e receber reconhecimentos positivos, inclusive de si mesmo e fatores externos de reconhecimento passarão a ser vistos e aceitos de uma forma mais realista.
No próximo episódio, o assunto serão os Estados de Ego. Acompanhe todas as redes sociais da Atona e receba primeiro: Instagram, Linkedin,
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